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terça-feira, 18 de outubro de 2011

Escrita através dos gêneros textuais


Escrevi este texto no dia 11 de janeiro de 2009. E, para publicá-lo hoje, fiz algumas alterações: substituí palavras, acrescentei trechos e parágrafos. Não sei se está legível, ou seja, se você vai ler e entender tudo. Por isso o seu comentário vai ser muito importante para mim. 

POR QUE ESCREVER A PARTIR DA LEITURA DE  GÊNEROS TEXTUAIS?


      Escrever é uma arte, porque requer aprimoramento, riqueza de detalhes, sensibilidade, conhecimento, informação.
De início, ao compor o texto, o escritor deve lançar a ideia no papel, sem medo e sem a preocupação com a gramática: o conteúdo é que precisa ser evidenciado.
E para que a ideia surja, é preciso ler, ler muito, ler com concentração, internalizar os gêneros textuais existentes. Se você nunca viu um ofício, como poderá produzir um? Se você nunca leu um artigo de opinião, como poderá escolher as palavras adequadas para argumentar, para influenciar o leitor? Se você não sabe o que é um hipertexto como poderá discutir sobre ele?  O conhecimento prévio sobre a forma (estrutura dos gêneros) e o conteúdo (palavras específicas do gênero em questão)  é imprescindível para que você consiga escrever com adequação.
Depois que você selecionou dentre a vasta variedade de gêneros existentes, aquele que vai ser funcionalmente pertinente ao objetivo que você quer alcançar, deverá esquematizar a sua produção (o que, para quem, porque, como e para que escrever). Faça, em seguida, um exercício de tempestade de ideias, para que você possa selecionar as que vão entrar no seu texto. E, mediante o conhecimento textual adquirido, monte a introdução, o desenvolvimento e a conclusão de sua produção. A fase final é a de editoração, em que você vai revisar o que escreveu e aí a gramática é fundamental. Você deve escrever, tendo em vista a essa gramática. Se o texto for regional, você deverá usar uma gramática regional, por exemplo, sem se preocupar com a norma culta; se for um texto formal, você terá de usar a norma gramatical padrão, tendo o cuidado com a pontuação, a acentuação gráfica, a ortografia, a concordância, a regência, a colocação pronominal.
Bom escritor, que faz do texto uma obra de arte, tem o cuidado de burilar o que escreve, para que provoque efeitos de sentido. Tira uma palavra aqui, põe ali, mexe no parágrafo, para que ele fique claro. Você pode até brincar com as palavras. Misturar gêneros para provocar efeitos avassaladores. Fazer um texto poético, usando o formato de um requerimento, por exemplo.
Bom escritor preocupa-se com os conectores que vão dar sentido as ideias e não fica satisfeito com a primeira produção. Esculpe sua obra, procurando no dicionário outras palavras que possam dizer aquilo que ele quer; encanta-se com todos os escritos que observa no seu cotidiano.
Para ser proficiente tanto na leitura como na escrita, o bom escritor delicia-se com um conto, uma crônica, um romance; tem a sensibilidade de amar e entender textos poéticos, a habilidade de escrever um bilhete, uma carta, seja ela pessoal ou oficial; gosta de ler jornais, revistas, livros.
E você só vai sentir prazer em ler e em escrever, com o contato, a afinidade dos escritos que existem nas práticas sociais da linguagem.
É preciso ler, interpretar e produzir todo e qualquer texto: um blog, um e-mail educativo, uma fábula, um ensaio, uma monografia, uma piada, uma história em quadrinhos, uma receita culinária etc. E só podemos ser competentes, se conhecermos. Ninguém escreve do nada. É preciso ter conhecimento prévio, conhecimento de mundo, para se ter conhecimento textual. 

Vamos lá, agora! Vamos ler bastante para depois escrever?

                               Maria Antonieta Hollanda Carvalho

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